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quais são os principais e como funcionam

Algoritmo é um conceito matemático que estabelece uma ‘receita’ para alcançar um resultado. No caso do algoritmo Google, estamos falando em um conjunto de regras que definem como classificar os resultados de uma busca.

O algoritmo do Google é um dos mistérios a serem desvendados no universo do marketing digital. Profissionais da área estão sempre querendo entender como funciona o maior buscador do mundo para organizar todas as informações da web e oferecer as melhores respostas para os usuários.

Entender o que é o algoritmo do Google — os algoritmos, na verdade, porque são vários — é importante para criar estratégias de SEO mais eficientes. Ao saber o que é importante para indexar e classificar as suas páginas, você pode planejar melhor as otimizações e alcançar melhores posições no ranking.

A seguir, vamos explicar o que é o algoritmo do Google, quais foram as suas principais atualizações e o que você precisa saber para ranquear melhor nos resultados das buscas. Acompanhe agora para saber tudo!

O que é o algoritmo do Google?

O algoritmo do Google é um conjunto de regras do sistema de busca que define a classificação dos resultados orgânicos.

Algoritmo — é importante saber — é um conceito da matemática, aplicado na ciência da computação, que estabelece uma “receita” para se chegar a um resultado. A partir de um conjunto de dados, o sistema entende o que deve fazer e aonde deve chegar.

No caso do algoritmo do Google, existe uma série de operações complexas para se chegar ao resultado de uma busca: a SERP personalizada e ordenada conforme a relevância para cada usuário.

Sua função é garantir a melhor experiência de busca aos usuários para que eles encontrem facilmente o que querem. Então, o algoritmo trabalha para priorizar os resultados mais relevantes nas primeiras posições, além de eliminar do ranking as páginas com baixa qualidade.

Como funciona o algoritmo do Google?

O algoritmo do Google realiza uma série de operações complexas para localizar, organizar e classificar todos os conteúdos da web. Vamos ver agora quais são os principais passos do algoritmo para que o buscador cumpra sua missão.

1. Rastreamento e indexação

As ações de rastreamento (crawling) e indexação (indexing) são o começo de tudo. Os robôs de rastreamento do Google — o famoso Googlebot, na verdade, são vários robozinhos — vasculham a internet a todo momento em busca de conteúdos novos ou atualizados.

Os links das páginas abrem o caminho que os robôs devem seguir. À medida que encontram novos conteúdos, eles registram no gigantesco índice do Google, identificando os principais termos que a página apresenta.

Assim, quando um usuário buscar por aquele assunto, o Google vasculha o seu índice para responder ao usuário da melhor forma. Isso acontece em questão de milissegundos, toda vez que uma pesquisa é feita no buscador.

2. Classificação dos resultados

Mas os resultados não aparecem de qualquer jeito: eles são ordenados conforme a relevância para cada usuário. É aí que entram os fatores de ranqueamento do algoritmo: são eles que determinam a posição em que cada link orgânico vai aparecer na SERP.

Para fazer a classificação, primeiramente o algoritmo procura entender a intenção de busca do usuário. Não basta fazer uma correspondência simples da palavra-chave pesquisada com os termos indexados de cada página. O buscador já consegue entender relações entre palavras e significados de frases, então pode oferecer resultados mais eficientes.

Além disso, o Google analisa também a qualidade do conteúdo da página, de acordo com alguns sinais. Aqui entram alguns fatores de experiência na página, como a velocidade e a responsividade, assim como a análise dos links que a página recebe de outros sites. Aspectos do usuário, como localização e histórico de buscas, também influenciam na classificação.

3. Combate ao spam

Não pense que o trabalho do algoritmo terminou. Existe ainda uma tarefa árdua: eliminar resultados de baixa qualidade.

O buscador luta contra um grande inimigo que é o chamado SEO black hat, ou seja, as práticas maliciosas de manipulação do buscador. Sites que usam excesso de palavras-chave, que compram backlinks para as suas páginas ou participam de esquemas de troca de links estão na mira. Além disso, páginas fraudulentas ou com conteúdos proibidos, é claro, também são eliminadas.

Esse tipo de site oferece uma experiência prejudicial ao usuário, que não encontra a resposta para a sua busca e ainda pode ser vítima de um crime cibernético. Quando isso acontece, as páginas são punidas com o rebaixamento no ranking ou com a sua eliminação.

4. Testes e avaliações

Para garantir que o algoritmo tenha um bom funcionamento, o Google roda uma série de testes e avaliações.

Existem vários testes automatizados para avaliar a qualidade do algoritmo e dos resultados da busca. Mas também acontecem análises manuais, por meio de avaliadores externos, que julgam a qualidade das buscas. Para guiar essas avaliações, o Google trabalha com uma série de diretrizes de qualidade da pesquisa, que os seus avaliadores usam como um manual.

Quais os principais fatores de ranqueamento?

O algoritmo do Google trabalha com uma série de fatores de ranqueamento. Não se sabe exatamente quais são eles, mas circula no mercado digital uma estimativa de pelo menos 200 fatores para classificar a SERP.

Esses fatores incluem elementos da própria página, que você pode otimizar com o SEO on page, elementos de fora da página, que fazem parte do SEO off page. Além disso, alguns fatores sobre o usuário também são considerados pelo algoritmo, que deve personalizar a SERP a cada busca realizada, a fim de apresentar os melhores resultados para cada pessoa.

No SEO on page, estes são alguns dos principais fatores de ranqueamento:

  • Correspondência da página com a intenção de busca do usuário;
  • Expertise, autoridade e confiabilidade do autor do conteúdo (EAT);
  • Originalidade do conteúdo;
  • Velocidade de carregamento, de interação e estabilidade visual (Core Web Vitals);
  • Compatibilidade com dispositivos móveis;
  • Sinais de segurança do site.

No SEO off page, são considerados outros fatores:

  • Quantidade e qualidade dos backlinks que a página recebe;
  • Autoridade dos sites que criam backlinks para a página;
  • Posição do backlink no site de origem.

Em relação ao usuário, alguns fatores importantes que influenciam no ranking são:

  • Localização do usuário;
  • Histórico de navegação;
  • Idioma;
  • Dispositivo em uso.

Quais foram as principais atualizações do algoritmo do Google?

A todo momento, o algoritmo do Google passa por atualizações. O Google está sempre aprimorando as regras que definem a classificação dos resultados da busca.

Porém, algumas atualizações se destacaram ao longo dos anos (e ganharam até nome próprio!), por afetarem grande parte dos sites indexados e movimentarem o mercado de SEO. Em geral, as atualizações mexem com a forma como o Google:

  • Combate o spam;
  • Entende a linguagem humana;
  • Oferece recursos adicionais na busca;
  • Avalia a qualidade do conteúdo da página.

A seguir, vamos apresentar as principais atualizações do algoritmo do Google para você conhecer um pouco dessa história e entender como o Google age.

Panda (2011)

O foco da atualização conhecida como Panda foi a penalização de sites com conteúdo de baixa qualidade. O Google começava a identificar sites que adotavam práticas como excesso de palavras-chave (keyword stuffing), conteúdo copiado e geração automática de textos.

Lançada em 12 de agosto de 2011, essa atualização impactou um percentual estimado de 12% dos sites indexados. Essa atualização também foi marcante por ser a primeira vez que o Google analisou sinais do usuário, como alta taxa de rejeição, para avaliar a qualidade de um site.

Penguin (2012)

O Penguin foi considerado uma extensão do Panda. Mais uma vez, o Google combatia sites de baixa qualidade, agora com foco em práticas de black hat na área de Link Building, como a compra ou troca de backlinks, a fim de manipular o algoritmo.

Foi mais uma atualização para mostrar aos sites que o Google não estava brincando com quem fazia spam.

Hummingbird (2013)

Em 26 de setembro de 2013, o Google lançou o Hummingbird. Diferentemente dos primeiros updates, essa atualização não focou em conteúdos de baixa qualidade — sua intenção era melhorar a compreensão das consultas dos usuários.

Para isso, o algoritmo passou a adotar recursos de processamento de linguagem natural, ou seja, de compreensão da linguagem humana. Ainda incipientes, mas já ajudaram o Google a não depender mais da correspondência exata de palavras-chave.

Assim, mesmo que o usuário usasse um sinônimo ou até uma gíria, o buscador poderia trazer a melhor resposta, independentemente do termo exato que estava indexado.

Mobilegeddon (2015)

Antes mesmo de 2015, o mercado de SEO já começava a se voltar para os dispositivos móveis. Profissionais da área já estavam se conscientizando sobre a importância de ter sites mobile-friendly para oferecer uma boa experiência aos usuários de smartphones e tablets.

Mas o Mobilegeddon foi o ultimato do Google para essa mudança. Diante do aumento das buscas em celulares, o Google resolveu considerar a compatibilidade com dispositivos móveis em seu algoritmo.

Um aviso com dois meses de antecedência deu a chance para os sites se adaptarem. Muitos passaram a usar o design responsivo, indicado pelo Google. Quem não se adaptou, principalmente sites com flash e elementos não-adaptáveis a telas pequenas, ficou para trás.

RankBrain (2016)

O RankBrain representou uma evolução do Hummingbird. Se aquela atualização já liberava o Google da correspondência de palavras-chave, agora o buscador já passaria a entender a linguagem humana e as intenções de busca por trás das consultas dos usuários.

O RankBrain trouxe a tecnologia do aprendizado de máquina para o algoritmo do Google. Conforme o histórico de buscas do usuário, o buscador passou a entender palavras e contextos implícitos nas pesquisas, que indicam o que realmente o usuário quer encontrar. E, quanto mais o usuário pesquisa, mais o sistema aprende sobre suas intenções de busca.

Mobile First Indexing (2016)

O Mobile First Indexing começou a ser anunciado em 2016, mas foi finalmente implementado em 2019. Até então, o Google fazia a classificação de um site com base na sua versão para desktop. Porém, com a popularização dos smartphones e das pesquisas móveis, isso não fazia mais sentido.

Então, o algoritmo passou a considerar a versão mobile como prioritária para a indexação no Google. Dessa forma, quem oferecia uma boa experiência em dispositivos móveis passou a ter vantagens no ranqueamento.

Medic (2018)

Também conhecida como YMYL (Your Money Your Life), essa atualização do Google afetou sites médicos, financeiros e de outros tipos que pode afetar a vida das pessoas.

Esses sites precisam ter informações confiáveis e comprovadas, ou podem colocar a saúde ou as finanças dos usuários em risco. Então, o Google passou a desconsiderar sites desses nichos que não se baseavam em estudos, que não eram afiliados a órgãos reguladores ou que não tinham links de outros sites confiáveis.

BERT (2019)

O BERT foi uma das maiores atualizações do Google. Esse update se baseou em uma nova tecnologia de processamento de linguagem natural que colocou o buscador em um nível muito superior aos concorrentes.

O objetivo era compreender ainda mais as intenções de busca, sem depender do histórico de pesquisa, como acontecia no RankBrain. Com a inteligência artificial do BERT, o buscador passou a entender os significados, relações e contextos das palavras nas buscas, mesmo que elas nunca tivessem sido feitas ou que não fossem os melhores termos para aquela pesquisa.

No vídeo abaixo, explicamos mais sobre como lidar com o BERT nas suas estratégias de SEO.

Page Experience (2021)

O Page Experience é uma atualização do algoritmo que foca na experiência do usuário na página. Para isso, o Google elencou os principais fatores que considera para avaliar a qualidade dessa experiência:

  • Velocidade de carregamento da página (Largest Contentful Paint ou LCP);
  • Velocidade de resposta às interações do usuário (First Input Delay ou FID);
  • Estabilidade visual durante as interações do usuário (Cumulative Layout Shift ou CLS);
  • Compatibilidade com dispositivos móveis;
  • Uso do protocolo HTTPS;
  • Ausência de intersticiais intrusivos.

Os três primeiros fatores — LCP, FID e CLS — compõem o Core Web Vitals, sinais essenciais da experiência do usuário. Para o Google, não bastava mais avaliar a velocidade de carregamento de um site, mas também a rapidez de resposta às interações dos usuários e a estabilidade da página à medida que carrega.

Por que acompanhar as atualizações do algoritmo do Google?

Acompanhar as atualizações do algoritmo do Google é rotina para muitos profissionais de marketing digital e SEO. Isso faz parte do trabalho de quem quer entender como a internet funciona e como ter melhores resultados nos seus principais canais, como o Google.

Monitorar as mudanças do algoritmo do Google permite que você entenda o que o buscador está pensando e quais são as principais tendências. Dessa forma, você pode planejar melhor as suas estratégias, com prioridade para aquilo que o algoritmo valoriza.

Além disso, com esse monitoramento, você pode se antecipar a atualizações que podem afetar grande parte dos sites. No entanto, se você já segue as boas práticas, longe do black hat, dificilmente um update do algoritmo vai afetar negativamente o seu site.

7 dicas de como usar os algoritmos do Google a seu favor

Vamos ver agora algumas dicas de como fazer SEO usando as regras do algoritmo a seu favor, sem cair em armadilhas ou sofrer penalidades. Você vai melhorar o posicionamento do seu site na SERP com estas estratégias:

1. Entenda os algoritmos, mas foque no usuário

Sim, passamos o texto todo falando sobre o algoritmo. Mas sabe o que realmente importa? O usuário. Todas as atualizações do Google, embora sejam muito técnicas, vão nesse sentido: melhorar a experiência do usuário. Nada de spam, nada de fraudes, nada de conteúdo ruim.

Por isso, quando planejar as suas estratégias, pense se você está oferecendo uma boa navegação, um conteúdo de qualidade, uma leitura agradável. Se estiver, é muito provável que esteja atendendo ao que o algoritmo quer.

2. Conheça as políticas do Google

Para agradar o algoritmo, o primeiro passo é seguir as regras do Google. Nas Políticas de conteúdo da Pesquisa Google, você pode ver quais tipos de conteúdo não são aceitos na SERP, porque podem ser ofensivos ou prejudiciais ao usuário.

Conteúdos de incitação ao ódio, manipulação de mídia com propósito enganoso, linguagem vulgar e obscena e conteúdo sexualmente explícito são alguns exemplos que não têm chances com o algoritmo.

3. Dedique tempo ao planejamento de SEO

Aplicar técnicas de SEO sem ter um planejamento é uma armadilha. Você pode acabar perdendo tempo com ações que não tem impacto significativo, enquanto outras ações mais urgentes e efetivas ficam de lado.

Então, reserve um tempo para planejar as estratégias. Sabendo como o algoritmo funciona, você pode priorizar determinadas estratégias, como a otimização para dispositivos móveis, além de determinar prazos, responsáveis e verbas necessárias.

4. Comece com o SEO técnico

Atender ao algoritmo começa pelo SEO técnico. Esse tipo de otimização se direciona aos códigos e à estrutura do site e das páginas, de maneira que você garanta a legibilidade do conteúdo pelo buscador. Permitir que os robôs acessem e indexem o seu site é a estratégia zero do SEO.

Você pode usar as ferramentas do Google Search Console para verificar as páginas indexadas e identificar erros de rastreamento que estejam impedindo a ação dos robôs. Além disso, pode enviar um sitemap ao Google para garantir a indexação das suas páginas mais importantes.

5. Dê atenção ao Core Web Vitals

O Core Web Vitals reúne três métricas fundamentais para a experiência do usuário na página — e, portanto, para agradar o algoritmo e subir posições no ranking.

A velocidade de carregamento da página (LCP), a velocidade de resposta às interações (FID) e a estabilidade dos elementos da página conforme as interações do usuário (CLS) fazem parte dessas métricas essenciais.

Para medir essas métricas, você pode verificar a pontuação da sua página no PageSpeed Insights. Depois, siga as dicas de otimizações do relatório para melhorar seus resultados no Core Web Vitals.

6. Pense no Mobile First

Mobile First não se refere apenas à atualização do algoritmo do Google, mas também a um conceito que coloca os dispositivos móveis em primeiro lugar na criação de sites e conteúdos para web.

Então, quando for desenvolver um site, adote essa mentalidade. Designers e desenvolvedores devem criar pensando primeiramente nas telas dos smartphones e no contexto do usuário mobile, em vez de apenas adaptar a versão para desktop. Assim, tendem a criar uma experiência mais valiosa.

7. Otimize para as intenções de busca

Por fim, conheça seu público e entenda as intenções de busca por trás das consultas dos usuários. Isso não significa que você deva ignorar as palavras-chave, só não precisa repeti-las insistentemente nem se prender a um determinado número de inserções do termo.

Mais importante é entender o que o seu usuário quer encontrar e produzir o melhor conteúdo para responder às suas dúvidas, no formato que for mais relevante. Em uma busca por um tutorial de artesanato, por exemplo, pode ser mais interessante produzir um vídeo do que um texto. O Google vai saber valorizar seu esforço na classificação dos resultados da busca.

Pronto, agora você já conhece melhor o algoritmo do Google. A concorrência por um lugar privilegiado na SERP é grande, mas com as boas práticas de SEO, você pode conquistar os algoritmos, os usuários e, é claro, as melhores posições do Google.

Aproveite agora para aprender a fazer uma auditoria de SEO, essencial para iniciar o planejamento das estratégias e ter melhores resultados com as otimizações.

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