Garantir uma boa experiência do usuário é o que move as atualizações e diretrizes do Google. O gigante de buscas usa um conjunto de métricas que integram o Google Page Experience.
A experiência do usuário é o foco do Google. O que o buscador mais quer é que as pessoas encontrem e realizem facilmente o que desejam ao fazer uma pesquisa na web. É por isso que a atualização do Google Page Experience é tão importante para quem trabalha com SEO.
Quando uma página oferece uma boa experiência, está contribuindo para esse propósito do Google. O esforço dedicado à page experience e a satisfação do usuário garantem que o conteúdo apareça nas primeiras posições da SERP. O Page Experience, então, mostra as métricas que o Google considera mais importantes para uma boa experiência na página.
Neste artigo, vamos analisar melhor o Google Page Experience e as métricas que compõem essa atualização. Acompanhe agora para saber como melhorar a experiência nas suas páginas.
O que é o Google Page Experience?
Google Page Experience é um conjunto de métricas que o Google considera importantes para oferecer uma boa experiência em uma página da web. Elas são usadas como indicadores para a classificação das páginas nos resultados das pesquisas no buscador.
Se, por meio dessas métricas, o Google avaliar que as suas páginas oferecem uma boa experiência, elas tendem a ganhar melhores posições no buscador. Da mesma forma, você pode monitorar as métricas de Page Experience para melhorar o desempenho das suas páginas. Dessa maneira, você contribui para melhorar a experiência de busca na web.
O Page Experience foi uma atualização do algoritmo do Google, lançada em Trata-se de uma atualização do algoritmo do Google, lançada em 2020 e concluída em agosto de 2021, quando foi disponibilizada para todos os usuários do mundo. Estas são as métricas do Page Experience, que vamos conhecer melhor em seguida.
Quais são as métricas de avaliação do Page Experience?
As métricas de avaliação do Page Experience representam aquilo que o Google considera mais importante para analisar a experiência que uma página oferece. São elas:
- Carregamento (Largest Contentful Paint);
- Interatividade (First Input Delay);
- Estabilidade visual (Cumulative Layout Shift);
- Compatibilidade com dispositivos móveis;
- HTTPS (protocolo de segurança);
- Ausência de intersticiais intrusivos.
As três primeiras métricas compõem o que o Google chama de Core Web Vitals. São métricas essenciais da web para oferecer uma boa experiência. Elas se referem ao tempo de carregamento inicial de uma página, mas também à velocidade de resposta às interações dos usuários e à estabilidade visual à medida que seus elementos carregam.
A seguir, vamos entender melhor cada um dos fatores de avaliação do Page Experience, inclusive do Core Web Vitals.
Carregamento (Largest Contentful Paint)
Largest Contentful Paint ou LCP é a métrica que analisa a velocidade de carregamento inicial de uma página. Para isso, o Google avalia o tempo que o maior elemento da página leva para carregar completamente.
A recomendação é que esse carregamento aconteça em, no máximo, 2.5 segundos; acima de 4s, já é considerado um desempenho ruim.
Interatividade (First Input Delay)
First Input Delay ou FID, que pode ser traduzido como “atraso da primeira entrada”, é a métrica que analisa a velocidade de resposta da página. Perceba que não importa apenas a velocidade inicial, mas também o carregamento à medida que o usuário interage.
Para isso, o Google avalia o tempo de resposta à primeira interação do usuário com a página, que deve ficar abaixo de 0.1 segundo; se for mais de 0.3s, é um mau desempenho.
Estabilidade visual (Cumulative Layout Shift)
Além da velocidade de carregamento e de interação, também é importante analisar como os elementos da página reagem à medida que os usuários interagem com ela. É para isso que serve o Cumulative Layout Shift ou CLS, que analisa a estabilidade visual da página.
Se um item carregar tardiamente, ele pode modificar o posicionamento dos elementos da página e fazer o usuário clicar por engano em algum link. Isso é prejudicial para a experiência na página.
Então, o Google recomenda que o CLS fique abaixo de 0.1 e nunca acima de 0.25. Esse número é uma pontuação que mede o impacto e a distância da mudança de posição do elemento no layout.
Compatibilidade com dispositivos móveis
O Google quer que os sites da web ofereçam uma boa experiência aos usuários de dispositivos móveis. Afinal, o buscador entende que a maioria dos usuários utilizam o celular para acessar a internet. Por isso, uma página deve ser mobile-friendly para conseguir uma boa posição no Google.
HTTPS
HTTPS é um protocolo de segurança para os sites da web. Trata-se de uma camada adicional ao tradicional HTTP que garante que os dados de um site sejam transmitidos por meio de uma conexão criptografada.
Além disso, o HTTPS assinala para o usuário que aquele site é seguro e que seus dados estão protegidos, transmitindo profissionalismo e confiabilidade.
Ausência de intersticiais intrusivos
Intersticiais intrusivos são aqueles pop-ups que invadem a tela repentinamente e escondem o conteúdo principal. Geralmente trazem alguma publicidade, um convite de cadastro na newsletter, uma chamada para voltar e finalizar a compra, entre outros conteúdos.
Pior ainda é quando os intersticiais ocupam a tela inteira e sequer têm um botão para fechar a propaganda. O Google não quer isso, porque atrapalham o usuário no que deseja fazer.
Como a experiência na página afeta a classificação?
As métricas do Page Experience são consideradas pelo Google como fatores de ranqueamento. Isso significa que elas fazem parte do algoritmo que classifica as páginas nos resultados das pesquisas do buscador.
No entanto, o próprio Google esclareceu no texto de anúncio do Page Experience: “uma boa experiência na página não substitui um conteúdo relevante e de qualidade”. Isso significa que um dos focos do SEO ainda é o conteúdo de uma página — afinal, o usuário está em busca de respostas para as suas dúvidas, isso é o mais importante.
Porém, quando duas ou mais páginas oferecem um conteúdo relevante e de qualidade para o usuário, o Page Experience se torna um diferencial para subir posições nos resultados da busca.
6 dicas para otimizar a experiência na página
Com base nas métricas do Page Experience, trouxemos aqui 6 dicas para melhorar a experiência nas páginas do seu site. Confira.
1. Otimize as imagens da página
Um dos principais elementos que afetam a velocidade de carregamento e de resposta às interações dos usuários são as imagens. Quando elas são muito pesadas, podem atrasar em vários segundos a velocidade das páginas.
Por isso, recomenda-se comprimir as imagens antes de inseri-las na página. Outra dica é utilizar formatos de última geração, como JPEG 2000 ou WebP, que tendem a ser mais leves, sem perder qualidade.
2. Otimize os códigos
Outro aspecto importante para a velocidade do carregamento e das interações são os códigos da página. Eles devem ser otimizados para evitar um atraso nas respostas. Então, para otimizar os códigos, é recomendado:
- Eliminar caracteres desnecessários nos códigos CSS e JavaScript;
- Dividir o código JavaScript em tarefas assíncronas menores;
- Compactar os arquivos de texto de HTML, CSS e JavaScript;
- Adiar o carregamento de JavaScript que não seja crítico para a página.
3. Defina o tamanho dos elementos da página
Muitos problemas de estabilidade visual são causados por elementos que excedem o tamanho previsto para eles na página. Então, uma boa dica para evitar que isso aconteça repentinamente é definir a largura e a altura (width e height) das imagens da página, para que o navegador reserve o espaço adequado para eles no layout.
Além disso, anúncios dinâmicos, que podem carregar com diferentes tamanhos, devem ter também um espaço adequado definido no layout. Utilize o maior tamanho possível ou analise dados históricos para saber quais as medidas mais prováveis.
4. Use o design responsivo
Você pode construir uma página mobile-friendly utilizando diferentes recursos. É possível criar um site versionado, ou seja, uma versão diferente para desktop e outra para mobile. Porém, o mais indicado é investir em um site responsivo.
A responsividade é a capacidade de uma página se adaptar a qualquer tamanho de tela e oferecer uma boa experiência ao usuário independentemente do seu dispositivo. O site é o mesmo no desktop e no mobile, mas se adapta corretamente a cada um deles.
5. Utilize um certificado de segurança
Para implementar o HTTPS no seu site, você deve adquirir um certificado de segurança SSL. Sua função é autenticar a identidade do site e garantir que utilize uma conexão criptografada na transmissão de dados, como nomes de usuário, senhas e informações de pagamento.
Algumas plataformas de hospedagem incluem esse certificado gratuitamente nos seus planos, mas em alguns casos é preciso adquiri-lo separadamente. Quando você instalar o certificado, poderá implementar o HTTPS e exibir um pequeno cadeado ao lado da URL das suas páginas.
6. Evite pop-ups de tela inteira
Pop-ups que abrem na tela podem ajudar a captar o interesse dos usuários e gerar leads para o seu negócio. Mas não vale a pena abusar da paciência do usuário com chamadas que ocupam a tela inteira e atrapalham sua interação com o site.
Procure utilizar apenas pop-ups com um tamanho adequado, que não ocupem a tela inteira, tanto no desktop quanto no mobile. Além disso, não dificulte a opção do usuário de fechar a janela — insira um botão de “X” ou “Fechar” facilmente visível e clicável.
Ferramentas para medir e otimizar o Page Experience
O Google quer que os administradores de sites possam testar facilmente o desempenho das suas páginas nas métricas de Page Experience. Por isso, oferece ferramentas gratuitas de teste e ainda trabalha com fornecedores externos para disponibilizar esses dados.
A seguir, apresentamos algumas ferramentas para medir e otimizar o Google Page Experience:
- Google Search Console: nessa ferramenta, você encontra o Relatório de experiência na página, que oferece um diagnóstico sobre o desempenho do site e de páginas específicas em relação às métricas de Page Experience.
- PageSpeed Insights: essa ferramenta gratuita avalia as métricas de Core Web Vitals e apresenta uma pontuação de Desempenho, Acessibilidade, Práticas recomendadas e SEO, com diversas recomendações de melhorias.
- Site Audit da SEMRush: com o Site Audit você consegue realizar uma auditoria do site e receber uma pontuação de saúde calculada com base na quantidade de erros graves, advertências e pontos a melhorar. A ferramenta analisa a rastreabilidade, o desempenho, core web vitals, HTTPs e mais.
Enfim, agora você já conhece o Google Page Experience e sabe como melhorar a experiência do usuário nas suas páginas.
Perceba que o algoritmo do Google quer mais é que você otimize seu site pensando nos usuários — com isso, o buscador vai perceber que você merece as melhores posições nos resultados da busca.
Mas é importante não esquecer da relevância e da qualidade do conteúdo, antes mesmo de pensar em Page Experience. Então, aproveite para ler agora sobre EAT e YMYL, importantes diretrizes e atualizações do Google para criar conteúdos e sites relevantes.